
A vida deixa de ser quando deixamos de experimentá-la. A experiência deixa de ser quando a limitamos aos nossos pudores e medos. Não há nada de novo abaixo do sol, mas há tantas coisas novas esperando por nós. Pelo momento em que sairemos do casulo de nossa inocência e despertaremos para a fúria dos sabores, sensações, sons, cheiros e paisagens ainda não registradas. Até mesmo para aquilo que ainda não é, mas só espera por nós para que seja.
Tudo o que vivemos até hoje, todas as conquistas, perdas, amores, desamores, mágoas e sorrisos, dias de chuva ou sol, todas as musicas que ouvimos e livros que lemos, as pessoas que conhecemos, tudo o que pudemos vivenciar ou imaginar, isso é tudo o que possuímos e somos.
Somos as nossas experiências, somos as nossas vivências e descobertas. Somos o que aprendemos, o que ensinamos. Somos cada lágrima, cada gargalhada. Não há nada além disso. Não temos nada além disso. No momento em que nosso corpo parar de funcionar, o que levaremos para onde quer que formos será unicamente a beleza e a feiúra que vivemos e ajudamos a construir.
Tudo é permitido, mas nem tudo nos convém. Nem tudo é prazer, nem tudo é dor. Porém tudo é aprendizado. Qualquer experiência humana.