sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Um ano mais
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Desanuviar
e não de mal.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Comentário a respeito da felicidade
*Baseado em um pensamento de Andressa Passos.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sonora
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Etéreo
Consagro meus gracejos àqueles teus sorrisos solares que tanto me aquecem.
E enquanto irradia meu horizonte, empenho-me em capturar toda essa beleza e melodia, para que, mesmo só por agora, sejam para sempre meus.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Do envolvimento

Uma amiga deu a dica. Disse-me:
Se há inquietação, seja o que for,vocês já sentem alguma coisa. E se tudo for terno, envolvente, pacífico, amigo, esperançoso... é amor.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Das primazias

Irromper

sexta-feira, 1 de abril de 2011
Prosa

Quando compartilho uma boa conversa com elas, por mais abstrata que seja, é delicioso observar e absorver fragmentos de percepções, experiências e conhecimentos nativos do mundo que construíram para si.
Do mesmo modo apetecem-me os diálogos inconclusivos, nos quais aprendemos a construir caminhos impregnados das mais diversas essências humanas, sem, no entanto, esgotar as considerações e ponderações sobre o assunto. Assim como tudo na vida deve ser.
Mais do que agradável, é sempre bom ouvir pessoas, especialmente quando elas têm algo a dizer.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Rs

terça-feira, 29 de março de 2011
Sinestesia

- Desce mais uma rodada! – lembrava vagamente de flashes na memória falha e atemporal. – Hoje é dia de festa!
Quem eram aquelas pessoas que riam e comemoravam? Que sonho maluco aquele.
Sentia como que flutuando em uma grande piscina de ar. Os pensamentos boiavam em sua frente e ela os catava como se pegasse peixes emersos.
- Filha – dizia uma senhora muito alta usando maiô com estampa de bolinhas - use filtro solar no nariz também.
Se esse era um sonho, onde entrava a realidade?
- Quem vem comigo? Tô legal, tô de boa!
A pressão nas pernas e abdome fizeram sua sensibilidade aflorar ainda que pausadamente.
Dor. Mas de onde vem a dor? Seria do mesmo lugar de onde vinham os sonhos?
- Vamos voar! Eu quero voar! – lembrava disso. Essa voz era sua, seja lá quem ela fosse, e essa situação estava começando a incomodar.
Sangue. O gosto agora era sangue. Ela sentia como se ele jorrasse de dentro de seu diafragma.
- Puta merda, que lerdeza. Sai daí, seu lerdo! – havia mais uma voz, ela vinha do seu lado direito, mas não conseguia vislumbrar um rosto. Não lembrava nem de seu próprio rosto. Queria parar de pensar coisas sem nexo.
Luz, luz forte e vermelha. Quem ligou a luz? Abria e fechava os olhos, tudo parecia estar tomando forma e sentido. Estaria ela acordando? A dor agora estava por toda parte, estava tonta, desnorteada, sedenta.
- Tânia, Tânia. – Dizia a voz chorosa, amedrontada e desesperada à sua direita. Seria mais um surto? Era tão real.- O que aconteceu? Ai, meu Deus, você está bem? – a voz soluçava e falava baixinho, quase que sussurrada. Sem forças, sem esperanças.
Ela virou seu pescoço o máximo que pode em direção a voz. Levantou os olhos e mirou Valquíria, a amiga agora ensanguentada e retorcida à sua direita. Não era sonho. Sonhos não são tão opressivos.
O metal do motor aquecido e a gasolina começaram a exalar, misturando-se ao álcool nas suas roupas.
Medo e dor. Destes, o maior era a dor.
Subitamente queria que tudo aquilo fosse novamente um devaneio, mas não era.
A senhora do maiô estampado passou rapidamente pela mente quase lúcida de Tânia.
Como isso pôde acontecer logo com ela? Sempre foi uma exímia motorista, mesmo embriagada.
Lentamente todas as sensações começaram a amenizar.
Os pensamentos começaram a parar de rodar.
A respiração ficava mais pausada.
A dor não existia mais.
Não havia mais som, nem imagem, gosto, toque, muito menos cheiro.
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Esta crônica é de minha autoria, e está contida no livro "Caldo fino: Crônicas sobre o cotidiano no Amapá”, organizado pelas jornalistas Roberta Scheibe e Cláudia Assis.
"Sinestesia" retrata uma realidade muito corriqueira na cidade de Macapá: os acidentes de trânsito.
No livro você encontrará mais 23 crônicas de diversos autores, incluindo "A desculpa", também de minha autoria.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Reabilite o seu coração

terça-feira, 22 de março de 2011
Epifania

Engana-se, porém, quem pensa captar alguma novidade. A verdade sempre esteve lá. Ao contrário do que pensamos, ela não foi percebida, mas sim aceita.
Essa tal conclusão luminosa acontece justamente porque a verdade não dói mais, e as situações deixam de incomodar. Você está livre para enxergar os fatos sem medo.
Abençoados os dias em que subitamente começamos a compreender nossos próprios garranchos no caderno velho da alma.
sábado, 19 de março de 2011
Além do que se vê
sexta-feira, 18 de março de 2011
Preciso ir além dos dias

Das novidades

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Das motivações do coração

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Toda forma de amor é justa

Precisamos entender que a nossa forma de amar não é a única, e muito menos a certa.
Canção da alma

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Cotidiano

Apostasia nossa de cada dia

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Shhhh!

Um dia, porém, a afonia finalmente chegou, então tive tranquilidade para descansar os ouvidos e escutar os sussurros do meu juízo.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Ao contar o conto, subtraio um ponto
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Esta menina hoje é uma mulher

Do altruísmo

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Primeiro Andar
E lá vou eu a passear pela vida.
Vida que me fez vidro.
Existência auto-explicativa que requer exame,
Conhecerei e prosseguirei em conhecer-te.
Permanecerei faminta, permanecerei tola.
Do alterego
Um dia tive vontade de ser outra pessoa, e fui.
Experimentei agir de outra forma, com outras prioridades e rotinas. Resolvi então que deixaria o monstro sair de dentro do médico. Por que não? Foi o que fiz.
Fiz e desfiz. Foi bom, mas cansei.
Talvez meu corpo tenha sentido saudades dos cuidados da velha eu, a minha mente queria a antiga lucidez, e minha alma necessitava de sua graça de volta. Quem sabe simplesmente amadureci, e vi que tudo era uma grande tolice.
Comprovo mais uma vez a validade de qualquer experiência humana. Aprendi que viver pouco não é sinônimo de viver intensamente, e que diversão não é esgotamento, muito menos auto-destruição.
Vendo o que pode haver de pior em mim, percebi o quanto gosto da pessoa que estou me tornando. Após recentes correções e aprendizados, sou a melhor pessoa que já pude ser. Isso não é muita coisa, mas a simples certeza de que não estou piorando, já me faz muito mais feliz dia após dia.
No mais, que seja feita a vontade das minhas vontades. Sinto que me preservar é a melhor maneira de aproveitar a vida ao máximo.